sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

PARCIAL RETOMADA DOS INVESTIMENTOS DA PETROBRAS NA BOLIVIA.


Os presidentes Lula e Morales encontraram-se em La Paz, no dia 17 deste mês, para participarem de reunião com a finalidade antes referida. Já no dia anterior eles haviam se reunido com a presidenta do Chile para tratarem de outra questão: EL CORREDOR BIOCEÁNICO. Sobre este acesse matéria neste blog. Houve outros temas, mas o principal foi aquele da Petrobrás com a YPFB (uma pequena empresa estatal do país), que representa o estado nestes negócios, no qual se anunciou o retorno dos investimentos daquela megaempresa neste país.
Consoante a multinacional brasileira, ela e a YPFB, “assinaram comunicado conjunto prevendo novos investimentos para aumentar a produção de gás natural na Bolívia. Em parceria com seus sócios, a companhia estima que poderá investir entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão, a depender dos resultados a serem obtidos na exploração de novas áreas. O documento foi assinado durante cerimônia no Palácio Quemado, na presença dos dois presidentes. As empresas firmaram também acordo para a capacitação técnica de recursos humanos para a indústria petrolífera da Bolívia. Foram definidas ainda as linhas gerais para a execução conjunta de projetos de exploração nas áreas de Carohuaicho, Astillero e Cedro, com possibilidade de constituição de uma Sociedade de Economia Mista”.
Segundo a mídia brasileira, por ora, apenas US$ 300 milhões estão certos e serão usados para ampliar a produção de gás nos campos de San Alberto, San Antonio e Ingre. A estatal obteve o compromisso de que poderá vender a maior parte de sua produção nos novos contratos ao mercado externo, e que ela concorrerá com um teto de 18% de sua produção para o abastecimento do mercado interno. A venda neste é mal vista, mas necessária, pois os preços internos são baixíssimos. Produto de uma espécie de tabela ali aplicada por ordem governamental. Mais uma das fantasias econômicas da Bolívia!
Na mesma ocasião, a Petrobrás e a YPFB chegaram a um acordo final sobre a fórmula de pagamento dos líquidos contidos no gás natural comprado pela primeira, por um valor entre US$ 100 milhões e US$ 180 milhões por ano, conforme Ata de Brasília, de 14 de fevereiro de 2007; eles serão pagos pela Petrobras a partir de 2 de maio de 2007, que foi a data em que entrou em vigor o acordo de intercâmbio. Isto era um “rabo” entre ela e a Bolívia, que previa um pagamento extra pelo GLP e gasolina branca, que vinham misturados ao GN fornecido; este com um valor mais baixo e aqueles, com um preço internacional próprio mais elevado. Que agora importará no citado valor anual. Algo razoável para os dois países.
E a mídia boliviana como reagiu? Com enorme satisfação, servindo de exemplo a seguinte matéria: “Las informaciones ofrecidas en medio de las ceremonias protocolares son más optimistas que las frías cifras ofrecidas por el presidente de la empresa brasileña, José Sergio Gabrielli. Los anuncios hechos al calor de los discursos mencionaron la cifra de 1.000 millones de dólares, pero Gabrielli dijo que se llegará a ese monto poco a poco, en varios años, si es que los primeros trabajos lo justificaran”. Corretamente o mesmo jornal lembrou: “De todos modos, se trata del primer anuncio de una inversión importante que se hace en el sector petrolero desde que se produjeran aquellas ceremonias de toma del campo San Alberto, en mayo del 2006, con que comenzó el proceso de cambio de los contratos. El incremento de los impuestos que llegó con el cambio, pero sobre todo la decisión de que las empresas sólo debían dedicarse a prestar servicios a YPFB, vino a frenar en seco las inversiones, como se pudo observar luego con el estancamiento de la producción”. E não deixou de destacar: “En efecto, la empresa estatal venezolana PDVSA ofreció hace dos años invertir 1,5 millones de dólares en el sector petrolero boliviano, pero todavía se hace esperar. Otras ofertas de inversión, menos precisas que la de PDVSA, como la de la argentina Enarsa, también decepcionaron. En semejante panorama, el anuncio de Petrobras es una bendición. Todo indica que el Gobierno boliviano debió hacer algunas concesiones a la petrolera”. E rematando relembrou os resultados da chamada “nacionalização dos hidrocarbonetos”: “... la falta de inversiones petroleras obligó a Bolivia a incumplir compromisos de exportación de gas natural, como es el caso del contrato de venta de 2,2 millones de metros cúbicos diarios a la planta termoeléctrica de Cuiabá, en Brasil, y como es el hecho de que en este momento las exportaciones a Argentina están por debajo de los niveles convenidos. Ahora se aproximan compromisos todavía mayores de exportación y estaba en juego el prestigio del país como proveedor de gas natural. Las exportaciones a Argentina deben pasar de 7,7 a 27,7 millones de metros cúbicos diarios en el lapso de dos años, para lo cual es imprescindible duplicar los volúmenes de producción que se tiene en este momento”. Expressando que “las futuras inversiones de Petrobras podrían alentar a otras empresas extranjeras a operar en Bolivia. El Gobierno nacional se ha comprometido a respetar las reglas de juego para favorecer la llegada los recursos que el país necesita para poner en movimiento sus potencialidades económicas”.
Por este artigo, vê-se que na Bolívia existem pessoas inteligentes, que assim divulgando na imprensa o que ocorreu, bem demonstram a estupidez de um governante, que por mero preconceito molestou e ainda escorraçou uma grande empresa investidora, acreditando que seu “padriño”, Hugo Chávez o iria socorrer, quer diretamente, quer através da Argentina. O que não ocorreu, deixando o pequeno país sem condições de cumprir novos compromissos exportadores, levianamente assumidos pelos “aloprados” do mesmo governo. Sobre isto já escrevi antes: Vamos começar do zero? (leiam neste blog). Representando o investimento brasileiro, ora anunciado, um limitado incentivo para que outras empresas estrangeiras também o façam.
Ainda durante o evento, Lula e Evo trocaram elogios nos discursos que fizeram. Lula prometeu ajudar a Bolívia em áreas como educação, energia, agricultura e defesa e ainda por diversas vezes comemorou o fato de ambos os países não terem se afastado, apesar das pressões na época da nacionalização dos hidrocarbonetos. O que não surpreende, pois Lula não só é um sonhador, como também gosta de comemorar por antecipação.
Aqui no Brasil a mídia proclamou que “prometer investimentos numa situação tão incerta é no mínimo precipitado (sendo melhor) adiar essa decisão até que o cenário na Bolívia se desanuviasse”. Uma justa preocupação, mas que na realidade não é procedente, face ao baixo valor dos investimentos da Petrobrás na Bolívia para 2008.
A empresa anunciou há pouco seu orçamento para investimentos para 2008, que prevê a alocação de R$ 54,9 bilhões, cabendo a área Internacional uma fatia de R$ 6,828 bilhões; dos quais 32% nos Estados Unidos, 30% na América Latina, 19% na África, e os 19% restantes nos demais países. Neste contexto, apenas trezentos milhões de dólares na Bolívia é muito pouco. Mas é o que Evo Morales e seus “aloprados” mereceram!
Para os brasileiros o mais alentador é saber, que a Petrobrás destinou R$ 5,636 bilhões à área de Gás e Energia; deste total, R$ 3,7 bilhões serão aplicados em gasodutos, R$ 700 milhões em projetos de termoelétricas e R$ 500 milhões em duas unidades de regaseificação de Gás Natural Liquefeito, objetivando-se ainda concluir no próximo ano 1.000 km de gasodutos. O que significa que com isto se diminuirá a dependência brasileira do gás da Bolívia, mediante as futuras unidades de regaseificação, serão ampliados os gasodutos existentes e será criada maior capacidade de geração termoelétrica, para evitar qualquer futuro apagão.
Esperando-se que, o povo boliviano, que merece toda a minha consideração, logre melhorar o seu governo, nele colocando melhores elementos a sua frente, para assim receber o que todos os brasileiros desejam a ele: Paz, prosperidade e ampla distribuição de renda!



Fontes:

Folha de São Paulo Opinião - 18 de dezembro de 2007.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1812200702.htm
Acesso em: 18/12/2007.

Folha de São Paulo Brasil - 18 de dezembro de 2007.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1812200708.htm
Acesso em: 18/12/2007.

Folha de São Paulo Mundo - 18 de dezembro de 2007.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1812200709.htm
Acesso em: 18/12/2007.

La Razón – La Paz – 20/12/2007.
http://www.prensaescrita.com/diarios.php?codigo=BOL&pagina=http://www.la-razon.com
Acesso em: 20/12/2007

Folha de São Paulo – 21/12/2007.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2112200728.htm
Acesso em: 21/12/2007.

Petrobrás.
http://www2.petrobras.com.br/portugues/ads/ads_AtuacaoInternacional.html.
http://www.agenciapetrobrasdenoticias.com.br/materia.asp?id_editoria=8&id_noticia=4315
Acesso em: 26/12/2007.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

EL CORREDOR BIOCEÁNICO.

Em La Paz estão sediados os Poderes Executivo e Legislativo da Bolívia. Apesar da turbulência, que há tempos caracteriza o país andino, havia ali a paz necessária para a visita de dois chefes de Estado: o do Brasil e a do Chile.
Eles se encontraram no dia 16 deste mês, para atos formais de direito internacional. Ali, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Evo Morales, presidente da Bolívia e a presidente chilena, Michelle Bachelet, anunciaram uma estrada ligando os portos de Santos e Arica, passando pela Bolívia. E para tal subscreveram “un Memorándum de Entendimiento denominado “Declaración de La Paz, en el cual los tres gobiernos se comprometen a impulsar la integración regional mediante a construcción del Corredor Bioceánico”.
E o que precisará ser feito para concretizá-lo. A imprensa da Bolívia elucida: “En Bolivia, existen diversos tramos que se encuentran en construcción, las cuales estarían terminadas en el 2008, como en el tramo entre Santa Cruz y Puerto Suárez. En Brasil, no existen tramos pendientes, todos están pavimentados sumando unos 1.300 kilómetros. En el caso de Chile, las rutas también están pavimentadas pero serán arregladas para su mejor uso. Los caminos chilenos de Huara-Colchane y Arica-Tambo Quemado, son los que formarán parte del corredor y que serán refaccionados. ...omitido... Para concluir el tramo boliviano, el que mayor inversión requiere, se gastarán mas de 400 millones de dólares, los cuales serán cedidos por la Corporación Andina de Fomento (CAF). ...omitido... Según un informe difundido durante el acto, Chile invertirá más de 93 millones de dólares en la conclusión de los tramos que pasan por su territorio y Brasil casi 133 millones en los suyos. Mientras, la inversión prevista en Bolivia alcanza los 752 millones de dólares, 380 de los cuales no tienen todavía fuentes de financiación. ...omitido... Una vez concluido en 2009, permitirá transportar más de dos millones de toneladas de carga por año y unir el Atlántico y el Pacífico en tres días por carretera. ..omitido... En Brasil hay dos ramales, una de 2.225 kilómetros ya pavimentados y se tiene previsto una inversión de 132.86 millones para mejoramiento de esta carretera. El otro tramo que va desde Curumba hasta Santos y San Paulo está pavimentado y en perfectas condiciones”.
Esta a parte técnica e econômica. E a política? Sobre isto disse a imprensa brasileira: “Com seu desembarque em La Paz debaixo de chuva, no domingo, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, disse que talvez fosse portadora de sol. ... omitido... Bachelet se entende com Alan García, do Peru, na criação de contrapontos que reduzam a influência de Hugo Chávez em países latino-americanos. A operação tem inclusive um nome, o de Arco Pacífico. Ele deve reunir países latino-americanos do Pacífico em oposição à Alba, a Alternativa Bolivariana para as Américas de Chávez. A Bolívia, onde é maior a influência do presidente venezuelano, teria se tornado alvo preferencial dos mentores do Arco Pacífico”.
Para mim pessoalmente, eu a vejo como uma belíssima obra, que promoverá o desenvolvimento e a prosperidade nos três países, em especial a tão pobre Bolívia. Será a primeira vez, que haverá uma ligação rodoviária internacional entre os oceanos Atlântico e Pacífico, na América do Sul. E com isto uma abertura direta marítima do Brasil para a Ásia. Espera-se, é claro, que os acordos internacionais a serem traçados, impeçam que, no futuro Evo Morales ou um sucessor, que tenham índole chantagista, venham a transformar o trecho boliviano em fonte de extorsões contra seus usuários internacionais , mediante normas internas absurdas e predatórias.
A conclusão do corredor se dará em princípio no segundo semestre de 2009, tal como anunciado por Lula.
Não se esqueçam, que o Brasil e o Peru tem em construção estrada(s), que cortam este país e que farão o mesmo para os dois países. Embora ali nada se tema de seu presidente, Alan Garcia, que é figura totalmente diferente de Morales e Chávez. Uma vez concluída(s), ela(s) garantirá (ao) o mesmo acesso do Brasil ao Pacifico e a Ásia. Sobre isto leia neste blog: Boas relações políticas e econômicas entre Brasil e Peru.

Fontes:

CARLOS, Newton. Folha de São Paulo - Mundo. Edição de 18 de dezembro de 2007.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1812200711.htm
Acesso em: 18/12/2007.

El Diario – La Paz – 18/12/2007.
http://www.eldiario.net/
Acesso em: 18/12/2007.

Jornadanet.com – La Paz - 18/12/2007.
http://www.prensaescrita.com/diarios.php?codigo=BOL&pagina=http://www.jornadanet.comAcesso em: 18/12/2007.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O DIA 15 DE DEZEMBRO AINDA NÃO FOI O DIA “D” NA BOLÍVIA!


Realmente, na citada data os fatos ocorridos nos departamentos de Pando, Beni, Tarija e Santa Cruz, foram apenas políticos. Cada um a sua maneira tratou de anunciar os seus respectivos estatutos, que não são idênticos e que, ainda não estão em vigor. O mais ousado foi o de Santa Cruz, que se arrogou o direito de superpor as leis nacionais as suas próprias, cuidando primeiro de ali legislar, organizar e manter uma força policial e cobrar seus impostos. Afinal, o departamento é o maior do país e ainda o mais rico!
Morales teve que fingir que nada disso era importante, ainda que de má vontade. E, tratou de fazer melhor cara para receber seu mais bem sucedido colega do sindicalismo – o Presidente Lula. E ainda a colega chilena, de quem precisa bastante nas suas tentativas de obter de volta pequena parte do litoral perdido para aquele país no século XIX. Algo impossível, pois contraria a constituição chilena.
Lula, no dia seguinte desembarcou na Bolívia, antecedido em poucas horas pela Presidenta do Chile. Os três, então juntos, ainda no dia 16 anunciaram uma rota rodoviária tri-nacional, que começará em Santos (Brasil) e terminará em Arica (Chile), ligando o Atlântico ao Pacifico. Tema para eventual e futuro artigo.
No dia seguinte, um domingo, entre outros temas, os presidentes brasileiro e boliviano subscreveram documentos, que asseguram a retomada de investimentos das Petrobrás na Bolívia. Esta tinha se comprometido a vender mais do que produzia e não conseguia que novos parceiros internacionais efetivassem fortes investimentos no país mediterrâneo. Tudo produto do despreparo mental e intelectual dos colaboradores de Morales – verdadeiros “aloprados”, como gosta de dizer o Lula. Também um tema para eventual e futuro artigo.
Com isto Lula mostrou ter palavra e nada arriscou; afinal, sua visita foi a La Paz, aonde está a sede do Poder Executivo boliviano e que está longe dos departamentos adversários. Ali, pelo menos Morales ainda domina!
Em ambos os encontros, o maléfico Hugo Chávez não se fez presente, contrariando uma prática que adotara e que aparentemente deixou de ser bem vinda para Lula e Bachelet e até se mostrou incômoda para Morales.
Vejo nestas ações de Lula a demonstração, de que Brasil e Venezuela num acordo bilateral secreto estabeleceram áreas de influência na Bolívia. O que não foi mau! Chávez anda muito hostilizado na terra de Morales, por sua própria culpa. O Brasil, com 47% do território sul-americano e vizinho tanto da Bolívia como da Venezuela, não pode permitir que o “chavismo” amplie a sua fronteira com o Brasil, que já tem 2.199,0 km, obtendo mais 3.423,2, que pertencem a Bolívia. Isto seria um muito mau negócio! Ainda mais, que a Venezuela tem se rearmado, deixando em situação desconfortável as forças armadas do Brasil, e sendo as nossas fronteiras terrestres totalmente permeáveis a penetrações clandestinas.
Evo Morales é um despreparado para o poder. Mal tem o segundo grau e possui idéias próprias de um pastor indígena de “llamas”. Inseriu em sua mambembe constituição a consagração no país das autonomias indígenas e ali autorizou a estes a manterem uma justiça ordinária própria, equivalente ao poder judiciário regular. Um absurdo! Sempre cercado de pessoas, sem escolaridade e sem nenhuma responsabilidade, governa o país como se fosse uma tumultuada aldeia. Oriundo do sindicalismo “cocalero” defende as plantações da “hoja” com unhas e dentes e até teve a coragem de dizer no exterior, que a cocaína é problema dos estrangeiros, não dos bolivianos. Embora a folha da coca é que seja a matéria prima da maldita droga. De maneira servil imita Chávez em absurdas atitudes, impróprias de um chefe de estado. E se move pelo país em helicópteros venezuelanos emprestados, mantidos e pilotados por militares deste país; uma espécie de precaução contra algum atentado.
O referendo revocatório que propôs está sendo analisado no congresso. Suas tratativas iniciais de um diálogo, em que olharia os dirigentes dos departamentos de cima, caíram no vazio, sendo desprezadas pelos seus adversários. Acabou, porém, ouvindo aos representantes diplomáticos dos países da União Européia, que o alertaram reservadamente e até mesmo a Lula, que lhe sugeriu “paciência”; e está negociando uma futura reunião com seus inimigos, em melhores condições para eles. Assustou-se e está aparentemente adotando maior cautela naquilo que chama de “cambios”, ou seja, nas mudanças legais.
Eu, pessoalmente sou centrista e abomino os movimentos radicais, sejam da direita, sejam da esquerda. E torço para que as coisas lá se equilibrem melhor, pois estavam indo bem mal!
E concluo, que, aquela data não foi o dia da decisão (DIA “D”), mas marcou um recuo do sócio menor de Hugo Chávez: o boliviano Juan Evo Morales Ayma. E um momento de união para aqueles que o combatem, que assim se fortaleceram.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O pragmático e bem sucedido Presidente Lula.


Lula sempre foi pragmático. Primeiro quando sindicalista, depois como político e assim continuou na presidência. É a sua fórmula de sucesso!
Ultimamente, isto tem beneficiado ao Brasil. Foi assim entre Lula e Bush e entre aquele e Chávez. Este último é paranóico, temperamental e sofre de mania de perseguição; também, se for contrariado busca retaliar o adversário! Uma criatura inominável! Já Bush é o homem do contra, que ao invés de melhorar, piora tudo! Que o diga o monumental déficit orçamentário, que ele tem deixado anualmente em seu país, sabendo-se que recebeu o governo com superávit.
Tão esdrúxulas criaturas encontraram razões de afinidade com Lula – o ex-operário, que virou chefe de estado e de governo no Brasil. Como a vida é curiosa!
Assim, recentemente, Chávez magoou-se com Uribe, presidente da Colômbia e quer agora retaliar o seu país. Para isto freará as importações, que a Venezuela faz daquele país – especialmente alimentos e irá direciona-las ao Brasil. Pois simpatiza com Lula! O que trará benefícios a nosso país. E vejam, eles importam a maior parte do que consomem.
Bush detesta politicamente a Chávez e por isto aproximou-se de Lula, figura moderada na América do Sul. Levantou a proposta de associar-se ao Brasil na área dos bio-combustíveis, algo que ainda demorará, mas que se for efetivado, será bom para nosso país.
Lula já esteve na Bolívia, para anunciar fortes investimentos da Petrobrás neste país. O que foi uma forma de se contrapor a Chávez, mentor de Evo Morales e seu financiador aberto na política interna e assim aumentar ali o espaço do Brasil, em detrimento do chefe venezuelano. O Senado da Bolívia, que se opõe a Morales já aprovou a concessão a ele da maior comenda do país andino: “El Cóndor de Los Andes”.
Enfim, Lula anda com a bola toda e é querido e prestigiado por adversários mútuos. O que é um milagre político, produto do pragmatismo dele.
Parabéns Presidente Lula! Como brasileiro fico satisfeito com estes sucessos, que provêm de alguém muito inteligente, mas sem cultura formal. E que, em política externa está se saindo melhor, que o laureado acadêmico, Fernando Henrique Cardoso; que se ufanava de ter sido professor no exterior, mas cujo espanhol tinha péssima pronúncia. E que, como presidente, teve a coragem de beneficiar seqüestradores estrangeiros com medidas casuísticas, a pretexto de que eles eram criminosos políticos. Mostrando tibieza e menosprezo ao povo em geral e ainda a Justiça brasileira. FHC: nunca mais! Mas, Lula não queira ser presidente para um terceiro mandato; ceda a vez, como manda a Constituição Federal.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O DIA ‘D’ NA BOLÍVIA SERÁ 15 DE DEZEMBRO?


Evo Morales está para completar dois anos de mandato na presidência de seu país. Neste período tumultuou a tudo e a todos no pequeno estado andino. Fato este proclamado em recente pesquisa divulgada na mídia local.
Há poucos dias, fez aprovar a toque de caixa a nova constituição, criando seríssimos antagonismos com parte importante dos governos dos departamentos. Estes, em reação irão se declarar autônomos de direito e proclamarão a sua própria constituição (que chamam de estatuto), pois repudiaram aquela elaborada pela constituinte oficialista de Morales. E são um grupo de departamentos vizinhos uns dos outros - Pando, Beni, Tarija e Santa Cruz, dos quais o último é o mais próspero da Bolívia. Para melhor entender isto observe o mapa acima.
Como resposta, Morales propôs um referendo popular revogatório dos mandados eletivos dele e dos governadores dos departamentos, desafio aceito pelos mesmos, o que será depois regulado em lei a ser aprovada no congresso nacional. Também, convidou seus adversários a um diálogo, visando a cumprirem juntos a nova carta e as leis, que a regulamentarão, logicamente recusado.
Depois disso tudo, num ambiente de pré-secessão do estado, o seu radical chefe propôs uma trégua de Natal. O que provocou críticas irônicas de seus adversários, que lembrarem que ele se antagonizou com a Igreja Católica, a qual criticou acerbamente, tudo indicando não ser ele católico. Sendo isto uma proposta cínica, que mostra o oportunismo do político indígena, que não se peja de usar qualquer pretexto, mesmo que não acredite nele, quando o mesmo lhe convêm.
De qualquer forma, nada indica que haverá um Natal de paz na Bolívia, inclusive porque no dia 15 de dezembro as autonomias departamentais serão declaradas. O que motivou ameaças de intervenção militar e policial naquelas áreas.
Agora sobre a constituinte, que no seu final foi dominada pelos deputados indígenas de Morales, ausentando-se dela os opositores (o que impediu a presença dos dois terços de constituintes), houve muita coisa curiosa. Por exemplo, no último dia dela, os deputados lancharam mortadela e mascaram folhas de coca, temperando tudo com goles de chá de coca. E aprovaram o texto obedientemente e praticamente sem discussões. Como resultado destes malabarismos parlamentares, saiu apenas uma única reeleição para o presidente, que desistiu de reeleger-se indefinidamente e outras coisas típicas da Bolívia; por exemplo, ela ficou com 36 línguas oficiais (o espanhol e mais 35 dialetos locais) e colocou como dispositivos legais textos de fundo moral inseridos arbitraria e indevidamente na carta magna, um dos quais conclamam o povo a não ser frouxo, nem mentiroso, nem ladrão; coisa típica de escola paroquial de aldeia!
O texto fundamental ainda não está em vigor, pois terá que ser submetido inteiramente a um referendo popular no futuro.
E assim, gerando futuras lutas e dividindo ainda mais a sua população, caminha atabalhoadamente o pequeno país, que é tão pobre, que um quarto daquela tem que viver fora dele, para assim trabalhar e sobreviver; pois, se ali ficassem passariam até fome!
Deixei de fornecer as fontes deste artigo, pois elas estão em várias notícias e diversos artigos da própria imprensa boliviana, que poderá ser acessada através do link aqui existente. Unicamente menciono a fonte do mapa que é o periódico El Deber, de Santa Cruz, cujo endereço eletrônico está ao final.
E estou aguardando o que virá, imaginando que o Presidente Lula não irá à Bolívia no dia 16 deste mês, inclusive porque no dia anterior as raízes de uma conflagração interna terão sido lançadas pelos ardentes governantes departamentais. Se for, o Sr. Luiz Inácio deixará de ser o pragmático, que sempre foi.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

NÃO PERMITA DEUS QUE EU MORRA, SEM QUE EU VOLTE PARA LÁ...


Veio-me a memória a Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, ao saber que brasileiros ilegais residentes nos Estados Unidos, estavam retornando em massa ao Brasil. Sinteticamente porque “com regras mais rígidas contra imigrantes, queda do dólar e crise hipotecária, o sonho americano deixa de valer a pena para muitos”. Curiosamente tudo isto saiu na mídia norte-americana , na qual se relatou: “A decisão de desistir da vida nos EUA vem sendo tomada por mais e mais brasileiros em todo o país, de Boston a Pompano Beach, Flórida. Ninguém sabe ao certo quantos estão partindo. Nos últimos seis meses, porém, a migração invertida é nítida na comunidade brasileira nos EUA, estimada pelo governo do Brasil em cerca de 1,1 milhão de pessoas. Para explicar a decisão, os brasileiros apontam para o receio crescente da deportação e o enfraquecimento da economia americana. Muitos citam o vencimento de suas carteiras de motorista - que, sob as regras mais duras adotadas recentemente, não podem mais ser renovadas-, somado à queda forte do dólar ante o real. ...omitido.... Fausto da Rocha, fundador do Centro do Imigrante Brasileiro da área de Boston, diz que seus compatriotas estão deixando Massachusetts aos milhares, alguns depois de perder suas casas em meio à crise das hipotecas. ...omitido... Pela lei, (os que saírem estarão) proibidos de retornar ao país por dez anos, mesmo que seja apenas como turistas”.
Boas notícias! O Brasil precisa de seus filhos; pois, temos uma imensa extensão territorial com grandes vazios populacionais e precisaremos ocupá-lo com inteligência e critério. Sejam bem vindos os auto-exilados, que agora retornam, enriquecidos com as experiências que amealharam na terra do Tio Sam. E não custa relembrar-se o romântico poeta: “NÃO PERMITA DEUS QUE EU MORRA, SEM QUE EU VOLTE PARA LÁ; SEM QUE DESFRUTE OS PRIMORES QUE EU NÃO ENCONTRO POR CÁ, SEM QUINDA AVISTE AS PALMEIRAS, ONDE CANTA O SABIÁ”. Afinal, “AS AVES QUE AQUI GORJEIAM, NÃO GORGEIAM COMO LÁ, NOSSO CÉU TEM MAIS ESTRELAS, NOSSAS VÁRZEAS TÊM MAIS FLORES, NOSSOS BOSQUES TÊM MAIS VIDA, NOSSA VIDA MAIS AMORES....”.


Fonte:
BERNSTEIN, Nina; DWOSKIN, Elizabeth - do "New York Times" – traduzido por CLARA ALLAIN, conforme texto na Folha de São Paulo – edição de 05/12/2007.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft0512200716.htm
Acesso naquela data.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Boas relações políticas e econômicas entre Brasil e Peru.


Está na mídia a interessante relação política e econômica entre o Brasil e o Peru. Grandes empresas brasileiras, dentre elas a Petrobrás, estão efetuando investimentos na sua economia. A interconexão física, por meio da rodovia Interoceânica, está em plena construção. Os trabalhos para asfaltar quase 1.000 km começaram em julho de 2006 e até setembro deste ano, foram concluído o equivalente a quase 30% da rodovia. A previsão é que já esteja tudo asfaltado em julho de 2010. Por ali passarão cargas brasileiras em direção ao Pacífico, que serão transportadas para portos norte-americanos ou asiáticos. Gerando novas riquezas para os dois países! O intercâmbio comercial entre os dois países alcançou cerca de US$ 2,3 bilhões no ano passado; destas as exportações peruanas ao Brasil em 2006 somaram US$ 789 milhões, enquanto as importações peruanas do Brasil no mesmo ano alcançaram US$ 1,5 bilhão.
Mas fora os incas o que sabe a generalidade das pessoas deste país. É bom explicar um pouco sobre ele. O Peru situa-se no oeste da América do Sul, nas margens do Oceano Pacífico Sul, entre o Chile e o Equador. Também faz fronteira com a Colômbia, o Brasil e a Bolívia. Na fronteira com a Bolívia situa-se o lago Titicaca, o lago navegável de maior altitude do mundo, a 3 821 m acima do nível do mar. Sua economia baseia-se na exploração de minérios como a prata (terceiro produtor mundial), o zinco (quarto), o estanho (quinto) e o cobre (oitavo). Cultiva-se também cana-de-açúcar, açúcar, algodão, café e, na floresta, o trigo. Sua agricultura de subsistência é à base de milho e batata, cultivados principalmente nas serras. Existe no litoral a atividade pesqueira, e nela o Peru é um dos maiores produtores mundiais.
E algo importante – seu presidente. Alan Gabriel Ludwig García Pérez, que tomou posse em 28 de julho de 2006 é um político experiente e, aliás, bastante simpático. Ex-presidente em época anterior retornou legitimamente para um segundo mandato e se mostra desejoso de estreitar os laços econômicos com o Brasil. E o faz de maneira cordial, bem diversa de Chávez e Morales, pois nada tem da arrogância do primeiro, nem da mal disfarçada antipatia do segundo.O que já gera melhores perspectivas para as relações bilaterais.
A propósito dele, há algum tempo atrás, antes de saírem às licenças ambientais para as hidroelétricas do Madeira, ele teria declarado, que permitiria que o Brasil as construísse no Peru e dali enviasse a energia produzida ao nosso país. Não parece nada com os ultradesconfiados presidentes da Venezuela e da Bolívia!Segundo o embaixador peruano no Brasil a economia de seu país vem crescendo num ritmo de 6%, anualmente, há seis anos; o índice de pobreza caiu de 54%, em 2001, para 44%; a inflação está ao redor de 2,8%; as exportações têm crescido, em média, 24% desde 2001; e o investimento estrangeiro aumentou de US$ 810 milhões, em 2000, para US$ 3,5 bilhões em 2006. São bons números! O que levou o diplomata peruano a afirmar: “Essa relação privilegiada que estamos construindo se faz com um país como o Peru, que atravessa um excelente momento na sua história”.
Deseja-se é claro o melhor ao nosso vizinho, que é amistoso e ambiciona legitimamente melhorar suas condições sócio-econômicas, convivendo em paz com os países limítrofes, inclusive com o Brasil.

Fontes:

Wikipedia a enciclopédia livre
http://pt.wikipedia.org/
Acesso em: 04/12/2007.

MARTÍNEZ, Hugo de Zela. Folha de São Paulo Opinião - edição de 04 de dezembro de 2007
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0412200709.htm
Acesso em: 04/12/2007.

domingo, 2 de dezembro de 2007

En Bolivia estamos viviendo prácticamente al filo de la navaja.


Vou apenas repercutir o editorial de periódico de La Paz, capital da Bolívia, sobre os últimos acontecimentos ocorridos no país. Afinal, no anterior texto eu disse que a Bolívia ia mal, o que foi pouco; pois. para eles as coisas na política interna estão péssimas. Leiam:


“No más intransigencia. La crisis que afecta al país tiende a agravarse por la intransigencia de los líderes políticos, los prefectos y el Gobierno, que no ceden en sus posiciones y no llegan a la conciliación de criterios para solucionar problemas. Estamos viviendo prácticamente al “filo de la navaja” porque en cualquier momento las divergencias pueden originar enfrentamientos cada vez más violentos entre los bandos del oficialismo y la oposición, con saldo de heridos y destrucción del ornato público y de la propiedad privada. Es un momento de mucho riesgo para el sistema democrático, situación que advertimos oportunamente, y ahora la Iglesia, organismos laborales, gremiales y el Defensor del Pueblo coinciden en pedir a los protagonistas de las confrontaciones que depongan su intolerancia que impide el normal desarrollo de las actividades ciudadanas. El Gobierno está pasando por la peor crisis desde su instalación el 22 de enero de 2006, ya que las agresiones entre sectores sociales se intensifican y es imprevisible cualquier reacción tanto de los oficialistas como de los contrarios, cuando proponen y ejecutan presión social, sin pensar en que la violencia genera más violencia. Por ello en Sucre ciudadanos salieron a las calles para impedir la aprobación en grande del texto constitucional, en dependencias de un Liceo Militar. La Policía salió al frente para dispersarlos, pero por su forma violenta de actuar hizo que se organizara una turba que respondió a los ataques con mayor fuerza, hasta tomar los recintos policiales para destruirlos, junto con documentos, muebles y parque automotor. En esos enfrentamientos murieron tres ciudadanos que participaban de las protestas. Tanto los prefectos contrarios al Ejecutivo como los personeros del Gobierno se enfrentan y agreden y después recién buscan conciliar posiciones. Esto ocurre cuando el Jefe de Estado invita a las primeras autoridades políticas departamentales a una reunión para buscar acuerdos sobre los problemas que afectan al país, por efecto de la reducción de los recursos económicos provenientes del Impuesto Directo a los Hidrocarburos, que corresponden a las Prefecturas, y también analizar el rechazo a la aprobación en grande de la nueva Constitución Política del Estado. Los invitados anunciaron su rechazo a la invitación, por los hechos de violencia de los pasados días y porque no habría sinceridad en los gobernantes. La condición para que acepten participar en las reuniones es que el Presidente pida perdón por los luctuosos resultados de los enfrentamientos de Sucre. Por otra parte ha enervado a la población que es ajena a las confrontaciones sociales, la forma de actuar de la Policía Nacional que es blanda con los sectores sociales afines al partido de Gobierno y se ensaña contra, por ejemplo, pacíficos ciudadanos que se organizaron para protestar por el sacrificio de dos canes por parte de los llamados “ponchos rojos”. Tampoco la Policía cumplió con su responsabilidad en Sucre, al replegar a sus efectivos del Ministerio Público porque la Fiscal, encargada de llevar adelante la investigación de los sucesos de esa ciudad, no es de su conveniencia. Estos excesos irritan a los ciudadanos, porque parecería que la institución del orden se alínea al lado de quienes administran el país. La crisis que afecta a Bolivia al parecer no preocupa a la clase política, porque continúa con su accionar secante, sin tomar en cuenta el daño que causan al país con su intemperancia que impide la solución de problemas. Tanto oficialistas como opositores son responsables de los actuales conflictos sociales que se van agravando, por falta de renunciamiento y compromiso para con la Patria. No debemos seguir con incertidumbre sobre lo que puede pasar por la intemperancia de los protagonistas políticos que recurren a la violencia para imponer sus consignas, dejando de lado los intereses de la República”.

Fonte:
El Diario, La Paz., de 02 de dezembro de 2007.
http://www.eldiario.net/
Acesso em: 02/12/2007.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A Bolívia vai mal e Lula irá visitá-la em breve.


A Bolívia vive mais uma de suas incessantes crises políticas; agora a questão é a aprovação de sua constituição. A assembléia respectiva foi eleita e não pode funcionar a contento, pelos antagonismos nela existentes. Deveria ter terminado seus trabalhos em um ano de reuniões, mas tal não foi possível, sendo prorrogada; estando para terminar em dias o prazo de seu funcionamento.
Mas porquê tanta demora? O governo, tendo a frente um índio, quer aprovar textos polêmicos, e a oposição não aceita. O problema é que sem esta, não haverá quorum para a aprovação da Carta.
Vejam algumas das inovações propostas pelo governo e seus seguidores:
“TEXTO DE REFERENCIA: Crisis en la región andina LOS PUNTOS CLAVE DE DOS POLÉMICOS PROYECTOS DE CONSTITUCIÓN. BOLIVIA, EL PODER DEL DERECHO INDÍGENA.El País de España (www.elpais.com)Articulo 1.Bolivia se constituye en un Estado unitario social de derecho plurinacional comunitario, libre, autonómico y descentralizado, independiente, soberano, democrático e intercultural. Se funda en la pluralidad y el pluralismo político, económico, jurídico, cultural y lingüístico, dentro del proceso integrador del país.Artículo 4.El Estado respeta y garantiza la libertad de religión y creencias espirituales de acuerdo a sus cosmovisiones y la independencia del Estado con la religión.Artículo 5.Son idiomas oficiales del Estado el castellano y todos los idiomas de las naciones indígenas [enumera 35 lenguas].Artículo 8.El Estado asume como principio ético-moral: ama qhilla, ama llulla, ama suwa (no seas flojo, no seas mentiroso, no seas ladrón).Artículos 56 y 57.Toda persona tiene derecho a la propiedad privada, individual o colectiva, siempre que ésta cumpla una función social. Se garantiza la propiedad privada siempre que el uso que se haga de ella no sea perjudicial al interés colectivo. La expropiación se impondrá por causa de necesidad o utilidad públicas, o cuando la propiedad no cumpla una función social, calificada de esta manera conforme a la ley y previa indemnización justa.Artículo 166.El periodo de mandato del presidente/a o/y del vicepresidente/a del Estado es de cinco años, y pueden ser reelectos consecutivamente.Artículos 199 y 200.Las naciones y pueblos indígenas originarios campesinos ejercerán sus funciones jurisdiccionales y de competencia a través de sus autoridades, y aplicarán sus principios, valores culturales, normas y procedimientos propios. La jurisdicción indígena originaria campesina respetará los derechos fundamentales establecidos en la presente Constitución, interpretados interculturalmente. (...) La jurisdicción indígena originaria campesina decidirá en forma definitiva; sus decisiones no podrán ser revisadas por la jurisdicción ordinaria, y ejecutará sus resoluciones en forma directa”.
Ou seja, as reeleições serão continuas, sem limite de mandatos; pelo menos para o presidente e o seu vice.
As comunidades indígenas terão uma justiça própria, obedecendo a constituição, mas consoante seus costumes tribais e não haverá revisão judicial de suas sentenças.
O país terá 36 idiomas oficiais; brincadeira!
A propriedade privada ficará a mercê do Estado, pelo seu governo. Terrível!
E vejam, o Lula está para ir lá, em 11 e 12 de dezembro deste ano, para se avistar com o Morales. Não o invejo!


Fonte: notícia de El Pais, transcrita do blog “Bolívia... lo mejor que tenemos”.
http://boliviateamo.blogspot.com/
Acesso em: 30/11/2007.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

“En Venezuela se pelea por la comida, pese al boom petrolero.”

Vou apenas repercutir a notícia da mídia equatoriana sobre a carestia de alimentos na Venezuela. Leiam:

"La leche, los huevos, el aceite vegetaly el azúcar escasean en tiendas y supermercados. La política socialista de Hugo Chávez es la culpable, según los críticos.


The Guardian New Service. Especial para EL COMERCIO


A primera vista, el supermercado de la avenida Francisco Miranda, en Caracas, parecía el sueño de un chef. Salmón ahumado en una de las refrigeradoras. Un mostrador lleno de aceite de oliva italiano, vinagre balsámico y pesto. Otro mostrador abarrotado de Perrier, champaña y del más fino whisky escocés. Pero no había ni señales de leche, huevos, azúcar y aceite de cocina. ¿Dónde estarán? El 13 de noviembre, el Gerente admitió: No hay ni gota. Todos lo saben. Y el próximo producto que desaparecerá será talvez la pasta....omissis... Bienvenidos a Venezuela, la floreciente economía con una diferencia. La escasez de alimentos se ha extendido por todo el país, justo cuando los ingresos petroleros han causado la importación exagerada de bienes suntuosos importados, lo cual es criticado por quienes se oponen a la política socialista del presidente venezolano Hugo Chávez. La leche casi ha desaparecido de las tiendas. Las angustiadas madres preguntan cómo se supone que deben alimentar a sus infantes. Muchos cafés y restaurantes solo sirven café en agua. Las familias cuentan que los huevos y el azúcar son cosa del pasado. La última vez que los vi fue en septiembre, denuncia Marisol Pérez, de 51 años, ama de casa de Petare, una invasión del este de la capital venezolana, donde están los enclaves del oficialismo. Cuando llegan los víveres, enseguida se forman largas colas. Las compras se racionan y las manos reciben un sello -como en las votaciones- para evitar trampas y que algunas personas intenten comprar de nuevo. Basta ver de lejos a un camión de leche para que se arme una pelea callejera. Hasta un cuarto de los alimentos de primera necesidad no llega al público, según Datanalisis, institución encuestadora y de investigación económica. Para los detractores del chavecismo, la escasez es evidencia de que el socialismo del siglo XXI está llevando a Sudamérica a la ruina. El control gubernamental de los precios, en estos alimentos de primera necesidad, es tan débil que los productores no pueden ganar nada, aseguran, así que las haciendas y los almacenes ya no invierten en cultivos, peor en maquinaria. Hasta han dejado de almacenar excedentes, porque temen a la expropiación. Les advertimos de esto desde el principio: el control de precios termina por producir escasez, comentó Ismael Pérez, del grupo industrial Conindustria. Pero el Gobierno chavecista sostiene que la escasez es una exageración de los medios de comunicación y que refleja el mayor poder de adquisición de los pobres, gracias a los programas sociales que redistribuyen los ingresos petroleros hacia los suburbios. Unas
10 000 toneladas de leche importada aliviará la escasez para Navidad y las cooperativas socialistas, financiadas por el Gobierno, harán que se dispare la producción doméstica, a largo plazo, aseguran los funcionarios . ...." omissis.....” AFP
Fonte:Elcomercio.com – Quito – Ecuador - 16 de noviembre de 2007.
Acesso em: 17/11/2007.

sábado, 17 de novembro de 2007

O ministro Zapatero é mais diplomático e educado que seu rei!


Hugo Chávez é um homem que veio de baixo e subiu muito! Não no exército venezuelano, aonde só atingiu a patente de tenente-coronel; mas na política, aonde driblou todos os seus adversários, colocando-se num pináculo, aonde hoje se acha.
Mas, as mesmas qualidades que o levaram a presidência de seu país lhe são adversas quando se reúne com outros chefes de estado. Ali, não vigora o monólogo populista que ele maneja tão bem. É preciso a sutileza e a cortesia diplomática. E isto ele não tem, mesmo!
Daí, o pequeno desastre ocorrido durante a cerimônia de encerramento da Cúpula Ibero-Americana, no último sábado, no Chile, depois que o líder venezuelano chamou o ex-primeiro-ministro espanhol Jose María Aznar de "fascista". Acrescentando ainda: “Fascistas não são humanos. Cobras são mais humanas". O atual primeiro-ministro espanhol, o socialista Jose Luis Rodriguez Zapatero, saiu em defesa de Aznar dizendo que ele havia sido eleito "democraticamente pelo povo e foi um representante legítimo do povo espanhol". Chávez tentou interromper Zapatero diversas vezes mesmo estando com o microfone desligado. Diante da cena, o rei espanhol fez-se visível e dirigindo-se a Chávez, disse irritado: "Por que o senhor não cala a boca?".
Disso tudo resultou muita conversa fiada, tanto de Chávez, como de terceiros. Incluídas menções a mudanças ou não na política externa da Venezuela e outras tolices. Só o rei castelhano seguiu o próprio conselho de calar a boca. Daí em diante ficou calado! Mas sua reação irada evidenciou que ele despreza o líder sul-americano. Coisas da realeza!
De qualquer forma, a minha conclusão é que tanto Chávez, como o monarca espanhol foram grosseiros. A única desculpa deste último é que a provocação partiu do malcriado venezuelano. Zapatero, pelo menos, foi frio, mas cortês em suas asserções, mostrando que ele é mais bem educado e diplomático que seu rei. Tendo ainda de maneira urbana e em tom conciliador orientado Chávez a como proceder em tais cimeiras (desculpem o português lusitano).


Fontes:

Folha Digital e BBC Brasil – 11/11/2007.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u344658.shtml
Acesso em: 16/11/2007.
El Diario - 16 de noviembre de 2007.
Acesso em: 16/11/2007.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

La inflación según el vocero presidencial Alex Contreras.

Não há necessidade de comentários, bastando ler-se o editorial abaixo da imprensa boliviana:
"En una entrevista que sostuvo en un programa local mañanero, el vocero presidencial Alex Contreras nos dejó estupefactos por sus respuestas carentes de análisis económico y de toda lógica y veracidad.El entrevistador estaba empeñado en mostrarle la situación en la que se encuentran las familias bolivianas con la sorprendente subida de la canasta familiar que en muchos casos es hasta del 300% de los costos que solían tener los productos y con la correspondiente espiral inflacionaria que ya sobrepasó los dos dígitos. Don Alex, con su voz de tenor, contestaba pensando que los voceros sólo tienen que hablar sin importar lo que digan y sin importar si lo hacen con una información especializada, veraz y fidedigna. En la entrevista volvió a culpar a comerciantes supuestamente inescrupulosos, a los intendentes municipales, a prefectos, a productores, al fenómeno del niño, a los oligarcas, a las amas de casa, a San Pedro, entre otros supuestos protagonistas de la presente crisis económica. Volvió a vanagloriarse con las altas cifras macroeconomicas y a hablar de la gran masa monetaria, como si se tratara de una plaga que está azotando al país para hacernos pasar hambre, porque resulta que existe dinero y no alimentos, y este fenómeno es según Don Alex algo que ocurre nomás como los cataclismos o los tornados. El mencionado vocero dijo que el gobierno en pos de una solución ha comenzado a crear los círculos estatales productivos, tal como en Venezuela, pero no dijo que en Venezuela el desabastecimiento y la hiperinflacción son cada día más graves y no existe la mínima posibilidad de que se vayan hasta que no se vaya Chávez y su política de acaparamiento estatal y empobrecimiento de mayores sectores sociales.No dijo que en realidad la hiperinflacción y el desabastecimiento, son una Política de Estado de los gobiernos socialistas, que de esta manera crean caos, confusión y enfrentan a comerciantes con productores, a las amas de casa con los distribuidores y por último estimulan el incremento de la delincuencia y el crímen. Dijo que van a importar ganado para faenar, que por supuesto será subvencionado por el gobierno, como la harina, y como todos los productos que de aquí en adelante serán subvencionados, pues el gobierno quiere quebrar el aparato productivo nacional ya que no apuesta a la producción, que no sea ese simulacro de producción al que acostumbrarán a “las cigarras” de los Círculos Productivos Estatales, que recibirán tierras y préstamos, que no redundarán en beneficios productivos, llevando a que todo vuelva a recaer en “pan de hoy hambre de mañana”. En el colmo de la ignorancia dijo que el decreto 21070 había sido derogado como una de las primeras medidas que tomó este gobierno... ¿Será que esté señor no lee ni el periódico?, pues no sabe que lo único que quito el gobierno de este decreto es la flexibilidad laboral. Bueno, pero a Don Alex no parece importarle la economía, ni tampoco le interesa estar informado sobre las medidas del presente gobierno, su asunto es tomar los micrófonos y como si fuera el Franz Sinatra de los voceros dice cualquier pavada, pero eso sí con la pose y la suficiencia de quien está descifrando la formula de la relatividad de Einstein".

Fonte:
RECK, Centa. La Estrella del Oriente – 14 de noviembre de 2007.
http://www.prensaescrita.com/diarios.php?codigo=BOL&pagina=http://www.laestrelladeloriente.net
Acesso em 14/11/2007.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

"El precio de la ayuda de Chávez a Morales".

"Reproduzo, sem outros comentários, o editorial de periódico da imprensa de La Paz, que por si só diz tudo daquilo que hoje se passa na Bolívia. Recorde-se que naquela cidade situam-se as sedes do Poder Executivo e do Poder Legislativo nacionais. Leiam:
“Hay principios de Derecho Internacional Público que regulan las relaciones entre Estados y aseguran la convivencia pacífica y civilizada. El respeto a la soberanía y a la independencia, la inviolabilidad del territorio, la no intervención en asuntos internos de los Estados, forman parte de un código de conducta internacional que debe ser observado a nivel universal en este tiempo de consagración de la Democracia como sistema de vida y de Gobierno y de repudio al terrorismo, a la dictadura y al populismo totalitario.
Bolivia sufrió agresiones externas que disminuyeron a la mitad el territorio y nos despojaron de nuestros recursos hídricos altiplánicos. Chile con la invasión de 1879, la más perversa y dañina, nos arrebató el mar, nos enclaustró y aisló del mundo. Los gobernantes tienen la obligación de exaltar el nacionalismo y de honrar el legado del Gran Mariscal de Ayacucho, que nos exhortó a preservar ante cualquier peligro, la independencia y la soberanía de Bolivia.
Nuestro país, ubicado en el centro de Sudamérica, tiene una posición estratégica, puede ser el núcleo o pivote de la integración latinoamericana o un espacio físico ideal para la expansión del castro–comunismo. No fue casualidad o fruto del azar la invasión del “Che” Guevara el año 1967, en plena guerra fría o ideológica. El foco guerrillero de Ñancahuazú pretendió capturar el poder y convertir a Bolivia en un satélite de la Unión Soviética. El pueblo y las Fuerzas Armadas de la Nación repelieron la agresión, ejercieron el derecho de legítima defensa de Bolivia y salvaron a la Patria, pero a 40 años de este episodio el Gobierno masista rindió homenaje y pleitesía a la memoria del “Che” Guevara y denigró a los bolivianos patriotas que ofrendaron sus vidas.
Con esta actitud antinacional abrió las puertas a otra invasión armada, esta vez bajo la conducción del comandante Hugo Chávez, que usa el nombre del Libertador Bolívar para convertir a Bolivia en una colonia del castro–comunismo Siglo XXI. La explotación de los recursos forestales de la región amazónica y el establecimiento de bases militares en territorio beniano, son objetivos estratégicos inmediatos para la expansión del dictador guerrillero.
El estado de indefensión de nuestro país, la obediencia del alto mando militar al comandante general, facilitan la invasión y ocupación de nuestro país por el castro–comunismo que dispone de ingentes cantidades de dólares y de armamento nuclear para someter a Bolivia.
El MAS no es Bolivia, ningún gobernante extranjero puede amenazarnos, la sumisión de Morales a Chávez nos hace un país de llukallas. El pueblo boliviano hará respetar la soberanía y la dignidad nacional, es la única reserva moral de la Nación”.


Fonte:

Mario Ojara Agreda. El Diario – La Paz – 12 de novembro de 2007.
http://www.eldiario.net/
Acesso em: 12/11/2007.

El Mundo - 12 de novembro de 2007 (foto acima).
http://www.prensaescrita.com/diarios.php?codigo=BOL&pagina=http://www.elmundo.com.bo
Acesso em: 12/11/2007.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Vamos começar do zero?


A Bolívia está sendo governada por um grupo político, não apenas radical, como também despreparado para as ações governamentais. A sua frente encontra-se o ex-pastor de lhamas, Evo Morales. Cujo governo procedeu a uma reforma especialmente tributária na área dos hidrocarbonetos ali explorados. Chamou-a de nacionalização dos recursos petrolíferos. Embora eles estivessem nacionalizados desde o nascimento da melancólica república; pois, o “crudo” estava sepultado sobre toneladas de terra e rocha, não havendo dúvidas de que pertenciam ao pequeno país. Vorazmente Morales forçou a compra “a preço de galinha morta” das duas refinarias bolivianas. Com isto feriu os interesses da Petrobrás, que ali atuava naquelas áreas desde os anos noventa.
Prudentemente, a grande empresa evitou polemizar e cedeu em toda a linha, mantendo apenas seus negócios de extração e transporte de gás natural (GN) direcionados ao Brasil. Interpelada se ali iria investir maciçamente, ressaltou até recentemente que continuaria apenas aplicando o necessário para manter a posição já existente. Uma política natural!
Enquanto isto o governo boliviano trombeteava, que aumentara as reservas internacionais do país de US$1 bi para quase US$5 bi, como resultado de sua reforma tributária. Evitava responder, quando lhe indagavam pela imprensa local, o que faria para cumprir os contratos petrolíferos com o exterior, se não tinha produção suficiente para tanto.
Ou seja, ao aumentar a arrecadação tributária afastara todas as petrolíferas, que temiam investir no instável país.Receando novos golpes contra elas!
E foi aí que surgiu a salvação. Como? Foi o Lula. Uma espécie de anjo humano, que surgiu para anunciar, no bojo de algumas dificuldades de abastecimento interno de GN, que irá em dezembro a Bolívia dialogar com seu intratável homólogo.
Antecedendo isto, o presidente da Petrobrás foi ao país andino para negociar; aliás, seus representantes ali já haviam iniciado este trabalho, antes dele chegar. Com mais sinceridade admitiu, que qualquer novo contrato de exploração estaria direcionado ao cumprimento das obrigações bolivianas com dois grandes clientes internacionais e ainda ao fornecimento de GN ao mercado interno boliviano. Basicamente, aqueles incluíam o Brasil e a Argentina; esta última esfomeada de gás! E que tudo ainda demoraria, até que as primeiras moléculas daquele insumo fossem colocadas no GASBOL (o gasoduto que as transporta para o Brasil).
Ou seja, apesar de todo o alarde, boa parte de culpa da imprensa nacional, ir a Bolívia não evitará problemas de abastecimento deste insumo em nosso país. Por um tempo considerável!
Ironicamente, a mídia boliviana fez a “charge” aqui reproduzida, mostrando o ministro boliviano da área recebendo Sérgio Gabrielli, da Petrobrás, e convidando-o a começar tudo do zero. No fundo, o orgulho boliviano esconde a imensa pobreza de sua população e a insanidade de seus dirigentes, absolutamente despreparados para a ação governamental. Infeliz Bolívia!

Fonte da “charge” – El Diario – 8 de noviembre de 2007.
http://www.eldiario.net/
Acesso em: 08/11/2007.

sábado, 3 de novembro de 2007

Gasolina na Venezuela a sete centavos de dólar o galão!


A República Bolivariana da Venezuela tem uma superfície de 916.445 km² e seus limites, são: ao norte, com o mar do Caribe e o oceano Atlântico, a oeste com a Colômbia, ao sul com o Brasil, e no leste com a Guiana. Sua população é de 26.468.000 habitantes e sua capital é Caracas. Sua moeda é o Bolívar. Suas principais cidades são: Caracas (1.975.787 habitantes), Maracaibo (1.764.038), Valencia (1.388.833), Barquisimeto (875.790), Ciudad Guayana (704.168), Petare (520.982) e Maracay (459.007).Nos últimos anos, ela se tornou bastante conhecida graças ao seu extravagante presidente, Hugo Chávez, que por si só merece um texto especial. Mas, aqui não é a ocasião para tal, pois tratarei neste apenas do valor interno do combustível.Como todos sabem, o país é membro da OPEP e grande produtor de petróleo. Lá o subsídio estatal a gasolina começou nos anos quarenta, quando esquerdistas impuseram limites aos seus preços. Os governantes, que se seguiram, foram forçados a aumentar os preços nos anos 80 e 90, por dificuldades financeiras. Mas nunca eles alcançaram altos patamares!Chávez tem hesitado em aumentar os preços da gasolina, desde o início de sua presidência, há quase nove anos.Atualmente, a gasolina na Venezuela custa cerca de US$ 0,07 por galão, enquanto vale em média US$ 2,98 por galão nos EUA. Nem vou compara-la aos preços brasileiros, mas apenas lembrar que um galão equivale a 3,785 litros.Críticos de Chávez e o próprio presidente concordam, que o subsídio é uma ameaça ao seu projeto de transformar a Venezuela em uma sociedade socialista; tendo engolido enormes quantias de dinheiro das vendas da estatal de petróleo a cada ano, que poderiam ser usadas para seus programas sociais. Economistas estimam, que esse benefício custa ao governo do presidente Hugo Chávez mais de US$ 9 bilhões (cerca de R$ 18 bilhões) ao ano.A gasolina é um dos poucos produtos sujeitos ao controle de preço, que tem relativamente amplo fornecimento. Recentemente, os jornais ficaram cheios de histórias de consumidores lutando para encontrar leite; e no mês passado, os ovos eram escassos. Recorde-se, que a produção de alimentos no país é insuficiente para o consumo da população, sendo necessário importar do exterior grande parte da mesma.O caro subsídio, beneficia apenas os mais prósperos, pois a maioria da população, que é pobre, usa o transporte coletivo, que é abastecido com óleo diesel. O que, torna mais absurda tal política de preços, dentro do socialismo chavista!Coisas do subcontinente, aonde pretensos lideres carismáticos, fazem da “res publica” o que querem. Levantando falsas bandeiras e criando inimigos imaginários, para desviar a atenção interna daqueles que são reais: o autoritarismo, o subdesenvolvimento, a falta de educação, ou sua baixa qualidade, a ausência de políticas públicas nas áreas vitais, etc.

Fontes:
ROMERO, Simon - The New York Times (publicado em português por UOL Mídia Global. http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2007/10/31/ult574u7944.jhtm).
Acesso em: 01/11/2007.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Morales parece el contador de Chávez.


É sempre bom recorrer aos bolivianos, quando se escreve sobre seu país. Aqui estou dando a palavra a Juan C. Lechín, nascido em 1956, que é escritor e cujas assertivas foram inicialmente publicadas no jornal “El Nacional”, da Venezuela e dali republicadas no periódico ao final destacado. Ali, o mesmo presta esclarecimentos sobre as ações de Chaves na Bolívia presidida por Evo Morales. Leiam:
“Morales parece el contador de Chávez. Juan Claudio Lechín afirma que la intervención de Venezuela a su país puede generar incluso una guerra civil.
¿Cómo fueron recibidas en Bolivia las declaraciones de Chávez hechas en Cuba, respecto a que “si la oligarquía boliviana lograra derrocar a Evo van a despertar un Vietnam de ametralladoras”?
La declaración de Chávez fue brutal. Revela que su proyecto hegemónico de penetración política en Bolivia, basado en la asistencia financiera descarada, está fracasando frente a la resistencia civil en las regiones del este: Santa Cruz, Chuquisaca, Pando, El Beni y Tarija. Eso lo lleva a plantearse un plan B, la alternativa militar.
¿Pero en Bolivia ven factible una operación militar venezolana a gran escala?
Es obvio que Hugo Chávez no puede plantear una invasión militar sobre Bolivia, porque para eso tendría que pasar por el espacio aéreo o terrestre de tres o cuatro países. Pero la verdad es que no le hace falta, porque su estrategia es otra. La presencia de militares y civiles venezolanos es enorme. Hay muchos agentes de Inteligencia que han logrado penetrar instancias del Estado. No tengo dudas de que Chávez está jugando a la guerra civil en Bolivia. Lo más lamentable es que el continente parece no darse cuenta de la gravedad del asunto. América Latina de hoy se parece a la Europa de finales de los años treinta, cuando nadie le daba importancia a la retórica bélica de Adolfo Hitler, hasta que decidió invadir Polonia y desatar la Segunda Guerra Mundial.
El Gobierno de Bolivia utiliza la asistencia financiera venezolana para fomentar planes sociales y proyectos de desarrollo. ¿Eso ayuda a Morales a mantener una imagen positiva entre los más pobres y los grupos indígenas?
¿Cuál es el papel de las FF.AA. bolivianas en esta crisis? ¿Existe un apoyo monolítico de los militares alrededor del gobierno de Morales?
Los cheques venezolanos también llegan hasta el Ejército boliviano sin el mayor recato. Y se nota que algo anda mal. Creo que en los rangos medios del Ejército hay mucha molestia porque, para bien o para mal, los militares de América Latina siempre han sido muy celosos y las declaraciones de Chávez no caen nada bien. En Bolivia no se siente que hay un Ejército compacto y eso es un peligro, porque en el momento de un estallido de violencia las fuerzas militares podrían dividirse, y la guerra civil se convierte en un escenario más que factible.
El futuro político de Bolivia a mediano plazo luce complicado. ¿Cómo puede desactivarse la crisis de la Asamblea Constituyente?
Morales abrió un espacio de diálogo, que dirige el vicepresidente Álvaro García Linera, para intentar reactivar la Asamblea Constituyente a través de algún pacto con las fuerzas de oposición en las provincias de Santa Cruz y Chuquisaca. Pero ese acercamiento le abrió otro frente de conflicto: las asociaciones indígenas de oriente rompieron su alianza con el Gobierno. En Bolivia estamos en una clara muestra de lo que ya ha pasado muchas veces en el continente: el pueblo excede la capacidad de sus representantes.
Bolivia siempre agradece la cooperación internacional, porque somos un país muy pobre. Más del 60% de la población vive en la miseria, no solo los indígenas; aquí hasta los ricos son de comiquitas. Pero el pueblo espera que esa ayuda llegue sin condiciones y sin abusos. En Bolivia se reparten dos o tres veces a la semana cheques firmados directamente por el Embajador de Venezuela en La Paz (Julio Montes), para que las alcaldías del partido de Gobierno o instituciones del Estado central ejecuten proyectos. Ese dinero ni siquiera pasa por manos de alguna institución boliviana, sino que es entregado directamente por los venezolanos. Morales parece el contador de Chávez, encabezando un Gobierno que sirve a los intereses de un Estado extranjero”.

Fonte:
Elpaisonline.com
http://www.prensaescrita.com/diarios.php?codigo=BOL&pagina=http://www.elpaisonline.com
Acesso em: 30/10/2007.

Será que a Bolívia tornou-se um estado-cliente da Venezuela?



A Bolívia todos conhecem um pouco. E ninguém pode ignorar seu chefe de estado, Evo Morales. Não há dúvida, de que este tem colocado seu país na mídia. Ora, altivo, ora suplicante! Uma figura, aparentemente contraditória. Parece ser alguém dominado pelas suas emoções e não se envergonha de extravasá-la em público. Algo, em princípio, bastante feminino e pouco masculino. Chegou ao poder, depois de contribuir para a renúncia de seu ex-competidor, Gonzalo Lozada, conhecido como “Goni”. Um boliviano rico, criado nos EUA, que falava espanhol com forte sotaque gringo, e que se tornou seu presidente, após competir e ganhar de Evo. “Goni” após renunciar foi para o exílio e de lá declarou recentemente, que quem financiara sua derrubada fora Hugo Chaves. Recorde-se que, naquela época ocorreram múltiplas manifestações populares, que acarretaram derramamento de sangue, e fizeram “Goni” renunciar. Caiu em razão dos corpos de mártires populares! Segundo a mídia boliviana, ao assumir o poder depois de eleito, Evo mandou franquear o palácio presidencial em La Paz a técnicos venezuelanos, que varreram o vetusto prédio, em busca de microfones e bombas. Já no exercício da presidência recebeu um helicóptero emprestado pela Venezuela, e pilotado por nacionais deste país, para seus deslocamentos. Ficando imune a atentados terrestres, ou até mesmo traições de seus conterrâneos. Parece que hoje, usa outra aeronave, também cedido pelo seu parceiro. No exercício governamental lançou um programa – “Bolivia cambia, Evo cumple”, no qual distribui doações venezuelanas em dinheiro norte-americano, a vilas, cidades e quartéis, para limitadas construções. Tudo em cheques assinados pelo embaixador da Venezuela na Bolívia. Assim, angariando apoios entre civis e militares! Sempre, que ele recebe algum colega para conversações bilaterais, lá comparece seu homólogo, Chaves, para acompanhá-las. Assim, aconteceu com Lula e Kirchner, em especial.Como Chaves, Evo gosta de alfinetar os EUA, dando preferência ao pessoal diplomático que serve em seu país. Sua última vítima foi o próprio embaixador norte-americano, a quem proibiu por algum tempo de entrar no Palácio Quemado, aonde vive e trabalha. Há pouco, Chaves declarou, que interviria militarmente na Bolívia, se a oposição tentasse matar ou derrubar o companheiro. Nisto passou da conta, gerando fortes protestos dentro da Bolívia. Nada declarando sobre isso os presidentes do Brasil e da Argentina, que assim de alguma aceitaram como válida a absurda afirmação.Tudo isto leva a uma indagação: será que a Bolívia tornou-se um estado-cliente da Venezuela? Não vou respondê-la, por ora. Continuando a acompanhar os acontecimentos no vizinho país. Mas, que há fundamento na pergunta, com certeza há. Sendo evidente, que a relação existente entre os companheiros, ultrapassa em muito qualquer tipo de aliança política, normal entre dois governantes sul-americanos.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Brasil – 1964. Bolívia – 2007. Situações semelhantes?


Lendo a imprensa boliviana, ao avistar a notícia abaixo, lembrei-me dos idos de 1963, quando o Brasil vivia uma onda de agitações na área sindical, com reflexos na economia nacional, que estava sendo destroçada. Sabendo todos que o impulso partia do governo federal, que dava mão forte aos agitadores, protegendo-os e amparando-os. Era então presidente da república o Sr. João Belchior Marques Goulart, que buscava no caos construir um projeto autoritário de esquerda por ele comandado. As agitações prosseguiram em 1964 e terminaram bruscamente em 31 de março deste ano, face ao pronunciamento da guarnição militar mineira, comandada pelo General Mourão Filho; ao qual aderiram as demais guarnições federais, caindo então o frágil governo de Goulart, que fugiu, asilando-se no Uruguai. A partir daí começou o regime militar-capitalista-tecnocrático, chamado por diversos grupos de “ditadura militar”, e que só terminou em 1985. O Brasil estava na época daquela eclosão bem semelhante à Bolívia dos dias de hoje. Inclusive porque três governos estaduais (São Paulo, Minas Gerais e Guanabara), em especial, se opunham ao presidente e com ele viviam as turras. De qualquer forma é bom ler no original a notícia a seguir. “El país registró 156 conflictos sociales en el primer semestre. El país vivió en el primer semestre de este año 26 conflictos sociales por mes, haciendo un total de 156 durante este período, según estudio realizado por la Fundación UNIR-Bolivia. La directora ejecutiva de esta fundación, Ana María Romero, fue la encargada de presentar ayer el “Primer informe sobre conflictividad social”, que está basado en un análisis profundo de tres medios impresos en cuanto a la morfología de los conflictos en el país, su duración, desarrollo, definición y el papel de los actores que intervinieron en los hechos. Según el gerente Sociocultural de UNIR, César Rojas Ríos, 156 conflictos se registraron en los primeros seis meses del año, con un promedio de 26 por mes. 131 de éstos, es decir, el 84 por ciento tuvo una duración igual o menor a tres días, siendo muchos de ellos por demandas sectoriales. 25 de los conflictos, es decir, el 16 por ciento, tuvieron una duración de cuatro o más días con importantes niveles de violencia. Cuatro de estos conflictos llegaron a niveles graves de violencia y que dejaron un saldo de tres muertos y más de 250 heridos. Entretanto, 221 días de conflictos afectaron las áreas urbanas del país, frente a 104 días de conflicto en las zonas rurales y 33 días en las áreas urbano-rurales. En el departamento de La Paz, hubo 160 días de conflictos, 54 en Cochabamba y 43 en Santa Cruz, entre otros. CICLO DE CONFLICTIVIDAD. Para Ríos el nuevo ciclo de conflictividad (enero de 2006 – junio de 2007) se caracterizó por la instalación de un conflicto político entre el Gobierno y la oposición política, cívica y prefectural, la misma que genera una situación de polarización ondulante, encontrando dos momentos de tensión. El escenario de la Asamblea Constituyente, se ha convertido en el eje de la actual conflictividad”. Para saber se lá se repetirão os fatos aqui ocorridos é preciso continuar acompanhando os acontecimentos daquele montanhoso país. Sabendo-se que a agitação vem ou é apoiada pelo governo Morales e que vários departamentos se opõe a ele.

Fonte:
El Diario – edição de 30 de agosto de 2007.
http://www.eldiario.net/
Acesso em: 30/08/2007.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Hoy hace cincoenta y tres años que murrió Getúlio Vargas


Em 24 de agosto de 1954 suicidou-se Getúlio Vargas, presidente da república brasileira. O fato ocorreu em seu aposento particular, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital brasileira.
A vida de Getúlio confundiu-se com a História do Brasil, parte da qual ele construiu. Getúlio era um político gaúcho e sua terra não tinha força política suficiente para influir na vida da Primeira República (1891-1930). Foi o apoio de Minas Gerais e um conjunto de circunstâncias ocasionais favoráveis, que o tornaram chefe do governo provisório em 1930. Ele como positivista e admirador de Borges de Medeiros (um ultra-continuísta), não largou mais o poder obtido pela força das armas. Assentou-se na cadeira presidencial e ali ficou até 1945, quando foi deposto, por um pronunciamento militar comandado por um ex-partidário, o General Góes Monteiro. Foram quinze anos, durante os quais, ora como chefe do governo provisório, ora como presidente, ora como ditador, ele ficou na crista da onda. E, não se saiu mal de tão altos misteres! Ao contrário, soube conduzir e bem ao Brasil na II Guerra Mundial; por exemplo, naquela época, se não fosse a repentina morte de Roosevelt, o Brasil teria sido alçado ao Conselho de Segurança da ONU, como membro permanente. E vejam, depois o Brasil muito tentou e ainda tenta, sem conseguir este laurel! Que o digam Lula e seu ministro, Celso Amorim.
Em 1954, Getúlio governava o Brasil como presidente constitucional. Mas, como ex-ditador não se preocupou em obter apoio do parlamento federal; acabou isolado, tendo contra ele a grande imprensa e muitos ódios e ressentimentos, oriundos de seu prolongado exercício do poder. Por isto, um incidente menor, o malogrado atentado contra Carlos de Lacerda, um de seus menores opositores, no qual morreu um oficial da FAB, o major-aviador Rubens Vaz, levantou contra ele muitos dos comandos das três forças armadas federais. Irritados, pelo fato do atentado ter provindo de sua segurança privada – a chamada Guarda Pessoal (um grupo desordenado, dirigido por Gregório Fortunato, seu apaniguado há muitos anos).
Vargas pensou em licenciar-se do cargo, mas sabendo que os comandantes insubmissos exigiam a sua renúncia, matou-se, pois temia ser humilhado e desmoralizado pelos vencedores daquela pugna política.
Getulio, como homem morreu então. Mas ficou uma lenda e uma grande herança política. O principal herdeiro desta foi João Goulart, que acabou chegando a presidência, como substituto de Jânio Quadros, que renunciou ao cargo. Despreparado e inábil levou o país a uma onda de agitações, que destroçaram o resto de sua economia e o conduziram a deposição. Que, aparentemente, ele aceitou como o alívio de uma carga, que não conseguira carregar. A partir daí começaram os anos do autoritarismo capítalista-tecnocrático-militar, entre 1964 e 1985. Os restantes seguidores de Getúlio acabaram desaparecendo do cenário humano, pela morte natural ou pelo ostracismo político. O mesmo ocorreu com seus adversários e inimigos. Hoje, pode-se dizer, que ao final só restaram cinzas! Como em tudo na vida humana.
De qualquer forma, restou a data, que deve ser lembrada, para que as futuras gerações não caiam na ilusão de uma legenda humana – sempre imperfeita!
Fonte:
Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Fundação Getulio Vargas.
Acesso em: 24/08/2007.

Retrato atual da Bolívia



Pretendo aquí apenas repercutir um editorial de jornal boliviano, que mostra e bem, o que anda se passando lá nos últimos tempos. Lembrando que ali vivem e trabalham brasileiros como nós. O que não é nada fácil! Leiam:

"Agosto negro. El horizonte se ha puesto gris mientras una ola de violencia se ha desatado en Bolivia: Golpes, puñetazos, ojos en tinta en el Congreso, a la par de escenas de protestas protagonizadas por la sociedad civil sucrense, que nos recuerdan las movilizaciones de octubre de 2003, que terminaron por derrocar al presidente Sánchez de Lozada. Dos hechos recientes han provocado la condena ciudadana: la exclusión por mecanismos ilegales, del tema de la capitalía al interior de la Asamblea Constituyente, y la suspensión de cuatro miembros del Tribunal Constitucional en una sesión bochornosa que terminó dividiendo el Parlamento con los oficialistas en la Vicepresidencia de la República, que descabezaron al Tribunal Constitucional a espaldas de la oposición, que siguió sesionando paralelamente. El Vicepresidente apareció ante la opinión pública, después de los lamentables sucesos, acusando de violentos a quienes habían tratado de defender la democracia que está siendo seriamente amenazada con actos que ponen en suspenso el estado de derecho y en entredicho el goce de libertades. Las apreciaciones del Vicepresidente contrastaron con las escenas de desgarramiento que mostraban a una sociedad civil enardecida y que ha explotado a causa de los constantes excesos y abusos de autoridad que han redundado en hechos que lesionan seriamente la democracia. El Gobierno de Morales se ha caracterizado por una suerte de presiones constantes y de acciones de dominación y de obstinada determinación para direccionar al país hacia sus planes de hegemonía totalitaria. Sucre, capital nominal, reclama ahora que se le restituya el derecho a ser Sede del Gobierno, convirtiéndose así en la imagen del dolor de un país que no encuentra actos de buen gobierno, que se extravía en un camino sembrado de inseguridades jurídicas, de temores, de disputas y riñas intestinas, que no hacen otra cosa, que sembrar destrucción y producir episodios de angustiosa violencia. Lo extraño es que este país tiene sectores que han intentado ser tolerantes, que han hecho esfuerzos serios por mostrarse racionales, pero que no consiguen que esta conducta sea emulada por quienes ahora tienen el poder, quienes se han constituido en una mecha permanente, en un terreno minado que no respeta leyes, acuerdos, y no acepta encaminar los actos de Gobierno por el terreno de la concertación y el equilibrio. La comunidad internacional, debe creer que los bolivianos somos de naturaleza violenta e irascible, pero ésta no es una realidad general, más bien se podría decir que un sector que ha apostado a hacerse del poder en forma total, ha estado tomando provecho del hecho de que gran parte de la población se inclina por el trabajo, por la vida apacible, por el deseo de vivir alejado de roces, de momentos de tensión, situación por la que ha sido sometida a un asedio y manipulación permanente. El proceso constituyente ha llenado el vaso y rebasado la paciencia de los ciudadanos, en la medida que han tenido que tolerar que este hemiciclo manejado desde el Ejecutivo y que ha irrespetado la Ley de Convocatoria y el Reglamento de debate, dejando fuera a las minorías políticas y marginando las demandas de regiones y sectores, pretenda cambiar la carta constitucional con actos desapegados a las leyes, para permitir que el Gobierno tenga una constitución a su medida. El presidente Morales, que prometía pacificar el país, lo está volviendo a incendiar en la medida que ha aguijoneado al máximo los ánimos con acciones arbitrarias, con discursos y opiniones que se encaminan inevitablemente a estimular la confrontación, dando paso a un teatro absurdo en el que pretende ser el dueño del país y de la verdad. Hace muy pocos días, el Mandatario, perdido en su laberinto y en pos de mayores poderes expresó que las leyes no sirven, que las dejará de lado porque no le permiten avanzar en sus planes, por lo que ha decidido gobernar por Decreto”.

Fonte:
La Estrella del Oriente - Santa Cruz de la Sierra, Bolivia * Jueves 23 de Agosto de 2007 * Año 11 * TERCERA ÉPOCA.
http://www.prensaescrita.com/diarios.php?codigo=BOL&pagina=http://www.laestrelladeloriente.net.
Acesso em: 24/08/2007.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Os negócios petrolíferos da Petrobrás na Bolívia


A empresa atua ali desde 1996 e daí até 2004 seus investimentos totais alcançaram cerca de US$ 1 bilhão neste período. Eles incluíram atividades em toda a cadeia produtiva e comercial do petróleo e gás - produção, compra e venda. Por injunções políticas bolivianas, elas se reduziram a partir de 2006, ano em que ela chegou a 18% do PIB boliviano e 24% da arrecadação total de impostos. Sem dúvida, ela era então a maior empresa do montanhoso país! Atualmente, sua principal atividade é a exploração de dois campos de gás natural em Tarija, no leste boliviano, que é transportado através do Brasil pelo Gasoduto Bolívia-Brasil, com seu uso especialmente na área industrial.
E sua posição atual sobre as demandas do governo boliviano? Entrevistado pela revista argentina Tecnoil, José Fernando de Freitas, presidente de Petrobrás-Bolívia, “señaló que las inversiones de Petrobras en Bolivia se limitarán por el momento a cumplir con el contrato de compraventa con Brasil y a cubrir las nuevas obligaciones para el mercado interno impuestas por el gobierno. Según Freitas, para Petrobras las nuevas reglas de juego la dejan con un alcance muy limitado de rentabilidad, por lo tanto, cualquier inversión nueva va a ser muy estudiada, dadas la características poco atractivas del contrato”.
O desanimo do executivo mostra e bem o desapontamento da enorme empresa estatal brasileira, diante da política econômica de Evo Morales. Um xenófobo nato! Que logo após assumir seu cargo, monologava sobre a atuação das “petroleras” na Bolívia, como se elas fossem modernos piratas e não apenas grandes firmas comerciais de atuação internacional.
Depois do que se passou por lá, qualquer cautela é pouca! Até o Lula pôs suas barbas de molho, com o companheiro Evo.
De sua parte, o representante boliviano, Villegas, declarou a imprensa que “se continúa negociando con la brasileña Petrobras”. O que mostra que eles não perderam a esperança de arrancar algo dela.
O que agora não será tão fácil! Afinal, o que eles conseguiram antes, decorreu da tibieza do Presidente Lula. Que parece que, agora abriu os olhos! Tanto que o Brasil afastou-se de Hugo Chavez e de seus megalomaníacos projetos. Que incluíam um imenso gasoduto sul-americano e a criação de um banco de desenvolvimento do subcontinente, com capitais extraídos das reservas internacionais de cada associado.
Isto deixou Chaves apenas com seus parceiros, os presidentes Evo Morales, Nestor Kirchner e Rafael Correa, respectivamente da Bolívia, Argentina e Equador. Mas todos estes, enfrentam em seus países, fortes correntes oposicionistas. Só Chaves permanece mais ou menos impávido na Venezuela!
Voltando a entrevista do presidente da Petrobras-Bolívia, quando “se le preguntó si a Petrobras le interesaba la provisión de gas a la Argentina, Freitas respondió que “las proyecciones ofrecidas por YPFB para proveer gas a la Argentina no nos interesan. El precio no es la única variable a analizar. Hay factores que tienen que ver con las condiciones comerciales, las obligaciones de entrega, las obligaciones de pago, el riesgo involucrado comparado con el potencial… Si el riesgo es mucho más grande que el potencial, entonces no se hace”, dijo”.
Tais palavras explicam a conduta do presidente da Argentina, que se mostrava tão ávido de abocanhar as instalações brasileiras em Tarija, tendo até dito, histericamente, que bastava Evo lhe telefonar, que os argentinos iriam incontinenti substituir os brasileiros naqueles trabalhos.
As águas são profundas e negras! Por isto, vou continuar acompanhando os acontecimentos no país andino e depois voltarei ao tema.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Uma tempestade está se formando nos Andes bolivianos


A Bolívia desde a ascensão de Evo Morales vive um fortíssimo clima de tensão política. O governo é radical e a tudo radicaliza. Os focos de tensão internos e externos são inúmeros.

Eu não pretendo tratar aqui de questões meramente internas daquele país, por respeito à soberania boliviana. A minha intenção é anunciar a nova pendenga entre o governo e as chamadas “petroleras”, ou seja, as firmas estrangeiras que extraem petróleo e gás no montanhoso país.

Este, não possui poupança interna, nem fundos governamentais disponíveis para investimentos industriais. Por isso, autorizou aquelas firmas a fazerem o citado trabalho. Elas já estão lá há vários anos, mas recentemente tiveram que renegociar seus contratos e segundo a própria mídia boliviana reconheceu, nenhum destes previu novas inversões. O governo Morales entende o contrário e agora determinou que, ou as empresas anunciam novos investimentos ou terão suas concessões rescindidas. A maior delas pertence à Petrobrás – daí o meu interesse pelo assunto.

Na época da subscrição do contrato com a Bolívia, o presidente da Petrobrás declarou que sua subsidiária boliviana não estava obrigada a fazer investimentos de vulto, mas apenas aqueles necessários à manutenção das atividades existentes (algo em torno de algumas centenas de milhões de dólares); o que é pouco para uma empresa deste porte! Recentemente, o teor dos contratos em geral foi comentado pela mídia andina, que confirmou a inexistência desta obrigação.

O problema é que a Bolívia depende do gás para sua sobrevivência e progresso. Fora isto, nada mais que ali existe tem a importância deste insumo. E curiosamente, o que ela produz atualmente, através das multinacionais, só lhe permite manter seus contratos atuais; alguns deles, os menores, nas suas quantidades mínimas.

Por isto, novos investimentos serão essenciais para a sua economia. O problema é que o país vive em constante efervescência. Também é instável, como as áreas vulcânicas e a maioria dos seus dirigentes são despreparados ou incompetentes. Ainda, ali existe um forte sentimento de xenofobia, que não facilita os contatos com as firmas estrangeiras.

As empresas petrolíferas queixam-se discretamente, que o governo, ou não lhes assegurou os mercados consumidores para os acréscimos a serem feitos na produção, ou ainda não fixou regras claras para a área. E sem isto, elas não poderão investir. O governo alega que as petroleiras também devem produzir para o mercado interno, além do externo. O problema é que aquele não é atraente, pois o valor de venda dos produtos é tabelado e está muito abaixo do preço internacional.

Para se ter uma idéia, um milhão de BTU de GN, para a Argentina vale US$ 5, 16, para o Brasil custa US$ 4, 4, enquanto que na Bolívia tem de ser vendido entre US$1, 1 a US$1, 30; cabendo as petroleiras arcarem com a grande diferença nestes preços.

Por enquanto, pouco se disse ali sobre a Petrobrás, que se mantêm extremamente discreta; mas, é inevitável que ela entre na dança, pois é a maior de todas as que ali existem e por isto um alvo preferencial natural.

Só existe uma certeza: a de que na Bolívia está se formando uma tempestade, que fatalmente atingirá o Brasil! Tanto que Evo Morales, disse que se “hasta el 20 de agosto se extenderá el último plazo para la presentación de los planes de inversión bajo la advertencia de asumir acciones como la reversión de las concesiones gasíferas donde no se ejecuten inversiones”. Morales, “hizo este anunció apoyado en su colega argentino Néstor Kirchner, quien el viernes dijo que suplirán las inversiones privadas”. “Kirchner es muy amigo”, digo eu mesmo! Curiosamente, a mídia brasileira não tem noticiado estes fatos, mas logo isto ocorrerá, pois Morales tem o apoio da Venezuela e da Argentina; cada uma delas, por razões totalmente próprias. Vamos acompanhar e ver o que dará, pois desta vez o governo Lula terá que intervir, sob pena de ficar desmoralizado interna e externamente. E Lula tem grande dificuldade em tomar decisões importantes, como todos os brasileiros bem sabem.


Fonte: La Pátria.


Acesso em: 14/08/2007.