sábado, 3 de novembro de 2007

Gasolina na Venezuela a sete centavos de dólar o galão!


A República Bolivariana da Venezuela tem uma superfície de 916.445 km² e seus limites, são: ao norte, com o mar do Caribe e o oceano Atlântico, a oeste com a Colômbia, ao sul com o Brasil, e no leste com a Guiana. Sua população é de 26.468.000 habitantes e sua capital é Caracas. Sua moeda é o Bolívar. Suas principais cidades são: Caracas (1.975.787 habitantes), Maracaibo (1.764.038), Valencia (1.388.833), Barquisimeto (875.790), Ciudad Guayana (704.168), Petare (520.982) e Maracay (459.007).Nos últimos anos, ela se tornou bastante conhecida graças ao seu extravagante presidente, Hugo Chávez, que por si só merece um texto especial. Mas, aqui não é a ocasião para tal, pois tratarei neste apenas do valor interno do combustível.Como todos sabem, o país é membro da OPEP e grande produtor de petróleo. Lá o subsídio estatal a gasolina começou nos anos quarenta, quando esquerdistas impuseram limites aos seus preços. Os governantes, que se seguiram, foram forçados a aumentar os preços nos anos 80 e 90, por dificuldades financeiras. Mas nunca eles alcançaram altos patamares!Chávez tem hesitado em aumentar os preços da gasolina, desde o início de sua presidência, há quase nove anos.Atualmente, a gasolina na Venezuela custa cerca de US$ 0,07 por galão, enquanto vale em média US$ 2,98 por galão nos EUA. Nem vou compara-la aos preços brasileiros, mas apenas lembrar que um galão equivale a 3,785 litros.Críticos de Chávez e o próprio presidente concordam, que o subsídio é uma ameaça ao seu projeto de transformar a Venezuela em uma sociedade socialista; tendo engolido enormes quantias de dinheiro das vendas da estatal de petróleo a cada ano, que poderiam ser usadas para seus programas sociais. Economistas estimam, que esse benefício custa ao governo do presidente Hugo Chávez mais de US$ 9 bilhões (cerca de R$ 18 bilhões) ao ano.A gasolina é um dos poucos produtos sujeitos ao controle de preço, que tem relativamente amplo fornecimento. Recentemente, os jornais ficaram cheios de histórias de consumidores lutando para encontrar leite; e no mês passado, os ovos eram escassos. Recorde-se, que a produção de alimentos no país é insuficiente para o consumo da população, sendo necessário importar do exterior grande parte da mesma.O caro subsídio, beneficia apenas os mais prósperos, pois a maioria da população, que é pobre, usa o transporte coletivo, que é abastecido com óleo diesel. O que, torna mais absurda tal política de preços, dentro do socialismo chavista!Coisas do subcontinente, aonde pretensos lideres carismáticos, fazem da “res publica” o que querem. Levantando falsas bandeiras e criando inimigos imaginários, para desviar a atenção interna daqueles que são reais: o autoritarismo, o subdesenvolvimento, a falta de educação, ou sua baixa qualidade, a ausência de políticas públicas nas áreas vitais, etc.

Fontes:
ROMERO, Simon - The New York Times (publicado em português por UOL Mídia Global. http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2007/10/31/ult574u7944.jhtm).
Acesso em: 01/11/2007.

Nenhum comentário: