domingo, 26 de fevereiro de 2017

Um tolo e descabido culto a personalidade na Bolívia.


(Morales saúda a sua estátua)
 
A matéria fala bem por si só. Mais um bom dinheiro público malbaratado e como sempre lá ocorre, de maneira desajeitada e sem qualquer planejamento para adequar a instituição a localidade aonde foi levantada. Esta  é pobre, isolada e distante; e nestes onze anos nada se fez para inclui-la ou ao menos aproxima-la do centro urbano mais próximo. Lembra em escala reduzida as pirâmides egípcias construídas no deserto e em total isolamento de tudo. No fundo apenas um recinto majestoso para ali cultuar-se a questionável personalidade politica de Evo Morales em insensível contraste a pobreza dos indígenas, que ali habitam. Leiam:
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“Evo Morales dedica um museu a Evo Morales”

 "Bolívia investe oito milhões de dólares em um recinto que presta homenagem à figura do presidente em sua cidade natal, de 600 habitantes
Evo Morales inaugurou nesta quinta-feira o Museu da Revolução Democrática Cultural, dedicado à luta camponesa desde os tempos coloniais até o Governo do primeiro presidente indígena da Bolívia. O museu está localizado na cidade natal de Morales, Orinoca, com população de 600 habitantes, localizada a três horas da cidade mais próxima, Oruro. O custo da construção foi de cerca de oito milhões de dólares.
 
O principal fundo do museu foi doado pelo próprio Morales: os 16.000 presentes que recebeu durante seus 11 anos como governante, principalmente das comunidades rurais. Portanto, contém uma importante coleção de símbolos indígenas de poder como cetros, chicotes e chapéus cerimoniais. "Não é um museu de presentes, como querem que pareça; colocamos a doação do presidente no contexto das lutas indígenas, de onde sai Evo", disse ao EL PAÍS Leonor Valdivia, uma das curadoras do museu.
A obra, na qual trabalharam reconhecidos historiadores e artistas nacionais, tem todas as condições e serviços de um repositório moderno: sala de exposições temporárias, centro de documentação, biblioteca, café, loja, etc., organizados em mais de 10.000 metros quadrados, o que o transforma no maior museu do país. O tamanho faz com que seja excêntrico para a região em que está localizado, que é uma das mais pobres da Bolívia.
 
A imagem de Morales é preeminente na exposição, que contém vídeos com seus discursos mais famosos, assim como retratos e fotografias. A construção do museu foi ordenada pelo Governo em 2006, poucos meses após a posse do líder esquerdista. O próprio decreto governamental declarou Orinoca "patrimônio histórico nacional" e a humilde casa onde o presidente nasceu como "monumento histórico".
Durante todos estes anos o museu foi objeto de controvérsia. Para seus críticos, contribui para o "culto à personalidade" que supostamente o oficialismo nutre em relação ao seu líder e é um desperdício, porque, devido à sua localização, não poderá ser usado por grande parte da população. Para seus defensores, permite o acesso público aos presentes valiosos recebidos pelo presidente e contribui para a tarefa governamental de exaltar a contribuição das nações indígenas, ancestralmente marginalizadas, à cultura e política do país.”
 
Fonte:  El País – Madri – edição em português.                                            http://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/03/internacional/1486146977_417060.html  
Acesso em: 05/02/2017.       

Desvendando algo escondido de Evo Morales.



(fachada do museu, que celebra Evo Morales em vida e na presidência)
Gostei deste artigo que desvenda algo de que pouco se escreve, mas que todos sabem sobre Evo Morales, deixando a nu um homem iletrado de visão curta e distorcida, mas que se arroga indevidamente a condição de alguém genial, o que foi desmentido totalmente nestes seus onze anos como presidente de seu país. Leiam:
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“Recuerdos del presente”
 “El nombre del traidor
En “El Padrino” de Mario Puzzo, hay un momento en que Vito Corleone, ya jubilado, advierte a Michael, su sucesor, sobre cómo ha de identificar al traidor. “Quien te proponga una reunión con Tattaglia, ése será el traidor”.
Para acomodar esta saga a la política boliviana, ya que de mafiosos se trata, habría que imaginar a un Vito que le dice a Evo: “Quien te proponga un palacio en Orinoca, ése será el traidor”.
Porque, todo lo que quieras, todos los sofismas que se puedan decir sobre esto, pero lo del palacete de Orinoca, con un grosero museo incluido, es lo peor que podía haber hecho el actual presidente para su propia imagen. Alguien le vendió la horca donde deberá colgar su reputación de político.
Se sabe que el presidente no entiende algunas cosas. Nunca ha leído un libro, según lo admitió y salta a la vista cuando se lo escucha leer en voz alta. Nunca ha leído ni siquiera una frase completa.
El traidor le dijo, hay que suponer, que lo del palacio de Orinoca es una brillante idea, una deuda que tiene el país con el mesías aymara adoptado por los cocaleros del Chapare y convertido en el salvador de todos los pueblos originarios del mundo, el libertador del Siglo XXI.
No importa dónde esté el palacete, no importa dónde esté Orinoca, si a orillas de un lago existente o no existente, no importa, porque lo verdadero es que se debe invertir seis millones de dólares en un museo que marcará el lugar donde nació el mesías… y donde murió.
Si el palacete está a 180 kilómetros de Oruro, no importa. Si por allí no pasan ni los buses de las flotas, ni los contrabandistas extraviados, ni los furtivos cazadores de vicuñas, ni los llameros que llevan sal para canjearla por maíz en los valles, no importa. Lo que se debe construir es el palacete de seis millones de dólares.
El sucesor de Vito se tragó toda esta mentira. Y lloró.
Esto, aparte de las consideraciones políticas, es un abuso del colonialismo. Los blancoides que siguen vendiendo espejuelos a los aborígenes, incluso en forma de palacetes.
A veces te cansa repasar la historia, con la repetición de las escenas desde hace tantos años.”