sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Os negócios petrolíferos da Petrobrás na Bolívia


A empresa atua ali desde 1996 e daí até 2004 seus investimentos totais alcançaram cerca de US$ 1 bilhão neste período. Eles incluíram atividades em toda a cadeia produtiva e comercial do petróleo e gás - produção, compra e venda. Por injunções políticas bolivianas, elas se reduziram a partir de 2006, ano em que ela chegou a 18% do PIB boliviano e 24% da arrecadação total de impostos. Sem dúvida, ela era então a maior empresa do montanhoso país! Atualmente, sua principal atividade é a exploração de dois campos de gás natural em Tarija, no leste boliviano, que é transportado através do Brasil pelo Gasoduto Bolívia-Brasil, com seu uso especialmente na área industrial.
E sua posição atual sobre as demandas do governo boliviano? Entrevistado pela revista argentina Tecnoil, José Fernando de Freitas, presidente de Petrobrás-Bolívia, “señaló que las inversiones de Petrobras en Bolivia se limitarán por el momento a cumplir con el contrato de compraventa con Brasil y a cubrir las nuevas obligaciones para el mercado interno impuestas por el gobierno. Según Freitas, para Petrobras las nuevas reglas de juego la dejan con un alcance muy limitado de rentabilidad, por lo tanto, cualquier inversión nueva va a ser muy estudiada, dadas la características poco atractivas del contrato”.
O desanimo do executivo mostra e bem o desapontamento da enorme empresa estatal brasileira, diante da política econômica de Evo Morales. Um xenófobo nato! Que logo após assumir seu cargo, monologava sobre a atuação das “petroleras” na Bolívia, como se elas fossem modernos piratas e não apenas grandes firmas comerciais de atuação internacional.
Depois do que se passou por lá, qualquer cautela é pouca! Até o Lula pôs suas barbas de molho, com o companheiro Evo.
De sua parte, o representante boliviano, Villegas, declarou a imprensa que “se continúa negociando con la brasileña Petrobras”. O que mostra que eles não perderam a esperança de arrancar algo dela.
O que agora não será tão fácil! Afinal, o que eles conseguiram antes, decorreu da tibieza do Presidente Lula. Que parece que, agora abriu os olhos! Tanto que o Brasil afastou-se de Hugo Chavez e de seus megalomaníacos projetos. Que incluíam um imenso gasoduto sul-americano e a criação de um banco de desenvolvimento do subcontinente, com capitais extraídos das reservas internacionais de cada associado.
Isto deixou Chaves apenas com seus parceiros, os presidentes Evo Morales, Nestor Kirchner e Rafael Correa, respectivamente da Bolívia, Argentina e Equador. Mas todos estes, enfrentam em seus países, fortes correntes oposicionistas. Só Chaves permanece mais ou menos impávido na Venezuela!
Voltando a entrevista do presidente da Petrobras-Bolívia, quando “se le preguntó si a Petrobras le interesaba la provisión de gas a la Argentina, Freitas respondió que “las proyecciones ofrecidas por YPFB para proveer gas a la Argentina no nos interesan. El precio no es la única variable a analizar. Hay factores que tienen que ver con las condiciones comerciales, las obligaciones de entrega, las obligaciones de pago, el riesgo involucrado comparado con el potencial… Si el riesgo es mucho más grande que el potencial, entonces no se hace”, dijo”.
Tais palavras explicam a conduta do presidente da Argentina, que se mostrava tão ávido de abocanhar as instalações brasileiras em Tarija, tendo até dito, histericamente, que bastava Evo lhe telefonar, que os argentinos iriam incontinenti substituir os brasileiros naqueles trabalhos.
As águas são profundas e negras! Por isto, vou continuar acompanhando os acontecimentos no país andino e depois voltarei ao tema.

Nenhum comentário: