segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Hugo Chaves parece o Rei Ricardo, Coração de Leão.


Já escrevi sobre a Venezuela e Chávez na postagem Gasolina na Venezuela a sete centavos de dólar o galão! Mas aqui irei desenvolver melhor a citada figura humana, comparando-o a um monarca da Idade Média – o Rei Ricardo I, da Grã-Bretanha, que também possuía terras próprias na França. Eu os acho parecidos, pois os dois gostavam de tratar de pequenos assuntos ou se meter em questões alheias as suas principais obrigações, as quais acabavam esquecidas.
Ricardo governou brevemente seu país, uma herança do pai. Mas abandonou tudo para ir a III Cruzada, que visava especialmente conquistar Jerusalém. Viajou ao Oriente Médio e na lenta viagem de ida envolveu-se em vários combates. No destino pelejou muito, mas pouco obteve, ficando Jerusalém incólume, e voltando a sua terra praticamente de mãos vazias. No retorno ainda foi aprisionado por um adversário europeu e teve que ser resgatado por uma quantia imensa, que foi paga por seus súditos. Nos seus domínios franceses lutou contra o seu principal adversário, Filipe Augusto, rei da França, e teve vitórias contra ele, pois era bom combatente. No fim, por uma pendência menor com um pequeno súdito que tinha na França, acabou alvejado por uma seta de besta, falecendo ainda moço. Desperdiçou sua herança, pouco governou os ingleses e quando o fez não se saiu bem e, ainda morreu moço por uma questão de somenos.
Chávez, um anônimo militar da Venezuela, ascendeu à presidência de seu país e ali se mantêm de maneira autoritária e paternalista. Trata a Venezuela como um pote de ouro, que conquistou. Não aproveita os imensos recursos econômicos do petróleo para desenvolver seu país. Este não produz a maioria de seus alimentos, enfrenta forte inflação, sua moeda muito desvalorizada foi apenas maquiada, é assolado pela corrupção, tem muita pobreza na população, etc. E Chávez ao invés de governar, corre o mundo, exibe-se como uma “prima dona”, interfere em tudo o que aparece fora da Venezuela, ofende outros chefes de estado, ignorando a cortesia diplomática e malbarata o que seu país levanta no comércio internacional. Não há dúvidas de que ele vê sua terra, como um pote inesgotável de ouro e trata de gastar seus recursos com ambas às mãos. Para que investir na produção, desenvolver uma educação e saúde de qualidade para seu povo, estabilizar a moeda e amealhar fortes reservas internacionais. Isto é secundário! E o pior - ele não investe bem os recursos do estado e ainda manieta a iniciativa privada, contra a qual sempre se levanta.
A única coisa que o preocupa é manter-se no poder e para tal aplica políticas falaciosas e paternalistas, subsidiando preços de alimentos para os pobres e adotando outras práticas populistas sem valor permanente. Fora isto, busca distrair-se com seus projetos faraônicos e inúteis!
Lembra muito o Rei Ricardo, que só passou à história ligado à lenda de Robin Hood, outro personagem lendário. Lamentável!

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