segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Carnaval fora de época na Venezuela.


Os primeiros acordos da ALBA (Alternativa Bolivariana para a América) foram assinados entre Cuba e Venezuela em dezembro de 2004, mas o grupo só foi formalizado em abril de 2005. Em 2006, a Bolívia se juntou aos primeiros membros e, em janeiro deste ano, foi a vez da Nicarágua. A ilha caribenha de Dominica se incorporou ao bloco na sexta “cumbre” celebrada em Caracas.
Em suma é uma aliança envolvendo países da América do Sul e Central, cujo sócio mais importantes é a Venezuela, pela sua riqueza petrolífera. E que surgiu como um contraponto a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), promovida pelos Estados Unidos. No dia 26 deste mês realizou-se a sexta Cúpula Presidencial da ALBA, em Caracas, e ali foi fundado o Banco da Alba, um ente financeiro alegadamente destinado a melhorar as condições sociais dos 53 milhões de habitantes do grupo. O capital inicial subscrito é de U$ 1 bilhão e o capital a ser integralizado será de U$ 2 bilhões. As contribuições acionárias de cada país correspondem a uma análise individual dos países membros com base em suas possibilidades.
Conforme o ministro venezuelano das Finanças, Rafael Isea, ele será submetido a definições políticas e não a definições econômicas e financeiras, o que o diferencia do sistema financeiro internacional. O acordo estabelece um mecanismo aparentemente democrático de tomada de decisões, em que cada país representa um voto, independente do capital acionário de cada um, também explicou Isea. Em dois meses, a instituição deverá estar completamente formada, com plataforma de recursos humanos, plataforma tecnológica, financeira e legal e mecanismos internos de decisão. Os ministros das Finanças inauguraram na mesma ocasião a sua sede em Caracas.
Em princípio, parece mais uma forma de canalizar recursos da Venezuela para seus novos aliados, assim sustentando os falaciosos planos de Chávez nas Américas. Excluída a Venezuela os restantes sócios são países pobres ou empobrecidos famélicos de recursos econômicos baratos. O mais curioso foi a foto tirada dos chefes de Estado ou de seus representantes (caso de Cuba), que mostra seus participantes, um grupo de figuras mal ajambradas e com faixas coloridas nas cores nacionais de cada país, tendo por fundo um local mesquinho para uma reunião internacional deste nível. Que lembra muito um carnaval fora de época e numa periferia qualquer! Vejam a sua reprodução neste artigo, cuja origem é a fonte abaixo.

Fonte:
Acesso naquela data.

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